“Vou me enganar mais uma vez. Fingir que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.”

# 42

O amor nunca foi bom de se explicar, e entendo o porque, se fosse fácil tiraria a essência e a doçura das palavras proferidas pelo coração. E apesar disso amar-te não deixa de ser simples, basta sentir-te respirar para querer viver. E não é viver de qualquer forma, é viver a teu lado até ao fim, porque o infinito torna-se tão pequeno a teu lado que até me pergunto se o infinito chegaria para nós. E penso nisso de cada vez que te tenho comigo. E sabes, nunca me cansarei de nada, de olhar nos teus olhos, de ver-me neles e pedir para que ali me veja toda a minha vida, de te ver rir, e nem sabes o quanto isso enche o meu coração de felicidade, tal como quando me abraças e sinto que mesmo que o mundo desabe naquele momento eu pelo menos, estarei segura, então quando os teus lábios tocam os meus não há chão que me prenda porque tudo ao teu lado é inexplicável e as palavras essas ainda não foram todas inventadas para descrever a infinidade de sentimentos que despertas a cada toque. E tudo isso é a certeza que a minha vida só faz sentido se for partilhada contigo, se as minhas memórias forem as tuas memórias, se a minha felicidade for a tua e se tudo o que tiver de bom na minha vida for proporcionado por ti. Mas cabe a nós fazer com que isso aconteça e cabe a nós fortalecer tudo isto que construímos e mante-lo verdadeiro até ao fim. Não sei o que o futuro nos reserva, mas enquanto poder estender a mão e sentir a tua a agarrar, tudo valerá a pena independentemente da dificuldade, porque sei que não sou fácil de amar e que tenho um coração que não sabe ouvir e que por mais vezes que repitas uma infinidade de coisas ele permanecerá assim inseguro, agitado ao mínimo sinal de perigo, ele é assim frágil e dependente de ti, para viver em vez de se limitar a sobreviver. Porque o amor existe para ser vivido a dois e só faz sentido eu vive-lo a teu lado.